Garantia do eleitor Eleições //
Candidato terá que registrar programa de governo na Justiça Eleitoral
Alana Rizzo
alanarizzo.df@dabr.com.br
Brasília - Pela primeira vez, candidatos a cargos do Executivo serão obrigados a apresentar o programa de governo no registro da candidatura na Justiça Eleitoral. Mesmo sem força jurídica para a abertura de processos de impeachment, no caso das metas não serem cumpridas, a norma apresenta, para especialistas, um avanço. Aprovada pelo Congresso na minirreforma eleitoral do ano passado, a regra não sofreu nenhuma alteração nas resoluções do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
"Os planos de governo sempre foram tradicionalmente superficiais no Brasil. Políticos contratam alguém para fazer e não dão a menor importância ao que está escrito", critica o coordenador do Movimento Nossa São Paulo, o empresário Oded Grajew. A nova lei, segundo ele, traz mais transparência e ajuda o eleitor a avaliar melhor os governos. Porém, Grajew afirma que a proposta ainda é tímida e poderia seguir o modelo adotado pelo governo da capital paulista ou colombiano. "O eleitor precisa ter mecanismos para acompanhar melhor essas metas e analisar cada uma de forma detalhada".
Relator da minirreforma eleitoral, o deputado federal Flávio Dino (PCdoB-MA), disse que a inspiração veio de dois projetos de lei apresentados anteriormente, sendo que um deles previa o crime de responsabilidade. "Não chegamos a esse ponto. Optamos por instituir o controle social para que os eleitores cobrem coerência do candidato", diz.
Segundo o deputado, as sanções serão de natureza política, como, por exemplo a não reeleição. Dino justifica que algumas teses jurídicas sustentam que o eleito poderia ser cassado por infidelidade às propostas, mas não há jurisprudência. "Temos que ver como a Justiça vai entender o assunto". Dino, que deve se candidatar ao governo do Maranhão, acredita que, nas próximas eleições, o Congresso discuta a implementação de controle sobre as propostas dos governantes.
Segundo o advogado Fernando Molino, especialista em Direito Eleitoral, a regra não vincula o mandato ao cumprimento das metas e tambémnão diz como o eleitor poderá cobrar dos políticos eleitos. "A lei diz que tem que apresentar, mas não fala como será esse programa. Não há nenhum formulário-modelo previsto para estas eleições. É muito mais moral já que o público poderá ter acesso", explica Molino.
Um comentário:
Nota de Opinião
(Do Blogue do Renato Meneses)
Tom do PT, filiado do partido em Caxias e delegado no Encontro Estadual, divulga nota à imprensa maranhense discordando da atitude de Rodrigo Comerciário, que foi signatário da tese pró-Roseana Sarney. Na mesma, o petista conclama o partido a apoiar a candidatura de Flávio Dino ao governo do estado.
Leia a Íntegra da Nota
Num momento de relevante decisão para o Partido dos Trabalhadores, do qual sou filiado em Caxias; membro da executiva municipal; e um dos catorze delegados do coletivo “Renovar é Preciso” ao Encontro Estadual – venho através desta tecer considerações sobre o atual procedimento político do companheiro Rodrigo Comerciário ao declinar-se à tese de aliança com o PMDB do Maranhão: primeiro, que a atitude tomada por Rodrigo Comerciário está longe de ser consensual dentro do nosso coletivo, e mesmo nunca fora sequer cogitada na pauta de nossas reuniões; segundo, que eu não sou peça de manobra como uso de barganha para alavancar desejos de terceiros e muito menos sirvo como gazua de negociatas; terceiro, é uma incoerência que uma chapa batizada de “Renovar é Preciso” alie-se ao PMDB de Sarney, há quase meio século no poder, o que seria um “Retorno ao Passado”; e quarto e por fim, quero deixar clara a minha predileção – assino, nesta quinta feira, nota conjunta com o PSB e o PCdoB locais em apoio à candidatura de Flávio Dino para o governo do Maranhão.
Tom do PT
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