Painel no CONFEA

Ophir defende financiamento público na eleição e fim da imoralidade do caixa 2

Brasília, 22/02/2010 - O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, defendeu hoje (22) durante lançamento do Movimento Anticorrupção na Engenharia, no hotel Nacional, o financiamento público nas campanhas eleitorais como "essencial à construção de uma nova lógica política no país, pautada em princípios éticos, morais e legais". Para Ophir, o financiamento público de campanhas "não vai ser a panacéia para acabar com a corrupção neste país, mas vai abrir a possibilidade de que pessoas de bem possam ingressar no mundo da política e fazer política com seriedade, com ética e honradez". Ele afirmou que o pais "não pode mais tolerar essa imoralidade que é o caixa 2 (financiamento ilegal de campanhas), que merece uma condenação da sociedade; e já que não tem havido sanção penal ao caixa 2, que ele sofra uma sanção moral - e a hora dessa punição é este ano, quando teremos eleições".

Muito aplaudido por cerca de 300 participantes da 5ª edição do Encontro de Lideranças, promovido pelo Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea), o presidente nacional da OAB citou o deputado Flávio Dino (PCdoB-MA), presente ao encontro e também defensor do financiamento público de campanha, como exemplo dessa "nova lógica". Ao destacar a importância de "um Poder Judiciário forte e estruturado" para vencer os desafios impostos pela corrupção e a impunidade, ele lembrou também o senador Pedro Simon (PMDB-RS), que em discurso recente destacou a prisão do governador José Roberto Arruda como indicador de que a Justiça está preocupada com a necessidade de uma "correção de rumos" no cenário brasileiro.

Em seu pronunciamento ao encontro dos engenheiros e arquitetos, o presidente nacional da OAB salientou também que, ao lado do fortalecimento do Judiciário, é fundamental a transparência nas relações do poder público com as empresas de engenharia e construção civil, assim como nas relações do poder público com a advocacia e com todos os segmentos profissionais e empresariais. Ele concluiu sua fala com um desafio aos profissionais da engenharia; " Nessa busca da transparência, que interessa a toda a sociedade, não parece suficiente que a empresa construtora coloque na placa que aquela obra está custando tantos reais; é fundamental que todo cronograma físico e financeiro da obra esteja sempre à disposição da sociedade. Portanto, a responsabilidade está conosco e vamos continuar unidos, firmes e coesos nessa cruzada em favor da democracia e contra a corrupção e impunidade".

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