Os grandes desafios
Eduardo Bomfim *
Existem na sociedade brasileira diversas manifestações no tecido social que revelam contradições com o projeto de civilização que todos nós almejamos. Elas demonstram várias facetas nocivas a um País que se propõe a alcançar um novo patamar no cenário global das nações.
No entanto, mesmo assim o Brasil cresce a passos acelerados, sua economia vai demonstrando uma vitalidade excepcional e não se pode descartar a possibilidade de saltos expressivos em seus fundamentos macroeconômicos.
Há também a existência de condições privilegiadas no que diz respeito às matérias primas essenciais à competição inevitável no campo internacional quanto à perspectiva de uma nova revolução energética mundial que determinará em escala global a produção industrial e agrícola.
Detentor de um território em dimensões continentais, o Brasil possui gigantescas áreas agricultáveis, o maior rebanho bovino do mundo, além dos caprinos e suínos também em escala de idêntica liderança.
Com a crescente expansão do crédito para as camadas populares, o que os institutos especializados chamam de classes C, D e E, o País em poucos anos fez crescer em saltos qualitativos o seu imenso mercado interno de quase 200 milhões de habitantes, alavancando em grandes proporções o seu parque industrial.
Livre da dívida externa e com substancial reserva financeira acumulada, a nação, por todas essas razões, encontra-se em condições excepcionais à emergência de uma das principais economias do mundo nas próximas décadas e esse fato objetivo é impossível, com um mínimo de bom senso, de se negar.
Mas o Brasil possui graves problemas a serem superados. São péssimas as condições de moradia da grande maioria da população de baixa renda, mesmo com o projeto federal em fase inicial da casa própria. Será necessária uma verdadeira revolução na habitação para que se mude a realidade atual.
Nas mesmas condições e urgências encontram-se os problemas da saúde pública e da educação. No quesito da segurança e combate à criminalidade, o enfrentamento ao narcotráfico atingiu a prioridade de segurança nacional.
No entanto, observando esse quadro geral e os entraves a serem superados, é certo concluir que não somos uma nação em decadência ou estagnada, mas em acelerado ritmo de crescimento econômico e civilizacional, com graves problemas e desafios estruturais a serem vencidos.
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