Flávio Dino diz que não há nada de novo no governo de Roseana

Deputado prega mudanças, para que o Maranhão possa romper com o atraso

Por Manoel Santos Neto

O deputado federal Flávio Dino (PCdoB) fez duras críticas ao governo do Estado, em entrevista à Rádio Capital AM, na quinta-feira passada. Ele disse que a governadora Roseana Sarney ainda não iniciou sua administração a não ser, segundo ele, nas propagandas veiculadas em seus veículos de comunicação.
"Ela [Roseana Sarney] ainda não começou a governar, a gestão dela se resume apenas nos anúncios de que vai fazer isso ou aquilo. Até agora o que vimos foi um governo muito fragmentado, portanto não há o que ser avaliado, se está bom ou ruim", analisou o deputado.
No sábado passado, na sua XI Conferência, o PCdoB confirmou o nome de Flávio Dino como pré-candidato ao governo do Estado. Ontem, em entrevista ao Jornal Pequeno, o deputado fez uma análise da conjuntura política e disse o que acha do governo de Roseana Sarney: "Um governo muito fragmentado, sem unidade e sem novidades concretas. Não vejo como, no pouquíssimo tempo que resta, possa levar o nosso Estado a um momento diferente, que rompa com o atraso e com os péssimos indicadores sociais". Leia abaixo na íntegra a entrevista concedida por Flávio Dino ao JP:

Jornal Pequeno - Como ficou o PCdoB no Maranhão após a temporada de troca de partido?

Flávio Dino - Estamos em uma grande trajetória de crescimento, reafirmada nessa reta final do prazo legal para filiações. Ampliamos a nossa presença nos municípios, nas diversas regiões. Incorporamos lideranças políticas já conhecidas, assim como jovens e promissoras lideranças. Realizamos nesse final de semana uma grande Convenção, com mais de 600 pessoas. Enfim, estamos muito felizes.

JP - O que significa o fato de o PCdoB ter lançado o nome de Flávio Dino como pré-candidato ao governo do Maranhão?

Dino - Estamos sendo coerentes. Mudamos o Brasil com o Governo Lula, com um programa democrático e popular. Queremos fazer o mesmo no Maranhão. Existe na sociedade um gigantesco desejo de renovação e mudanças. Precisamos de um caminho novo para o Maranhão, capaz de nos levar a um ciclo de desenvolvimento, com justiça social, honestidade na gestão pública e cumprimento das leis. O PCdoB deseja unir o nosso Estado em torno desses objetivos.

JP - Qual sua expectativa em relação ao PT no Maranhão, que o apoiou em 2008 na eleição para prefeito de São Luís?

Dino - O PT é o principal partido político do Brasil. Uma das referências da esquerda no mundo. Seria impossível mudar o Brasil sem o PT. Para mudar o Maranhão precisamos do PT. Os petistas sabem disso. Por isso, tenho as melhores expectativas quanto ao PT. O PCdoB e o PT completam agora 20 anos de um casamento feliz, desde a primeira campanha de Lula em 1989. Aliás, naquela época eu era dirigente do PT.

JP - O senhor acredita que, nas eleições de 2010, vai se concretizar, como em 2006, a unidade das forças de oposição para, mais uma vez, derrotar nas urnas o grupo Sarney?

Dino - A nossa prioridade é debater um programa de governo de qualidade, claro e com metas concretas. Não nos bastam slogans e retóricas vazias, incapazes de transformar a realidade maranhense. De nada adianta ganhar eleições, se depois as esperanças se frustram e os aliados são abandonados.

JP - O que o senhor pensa sobre a postura do ex-governador Jackson Lago, que defende a tese de um candidato único das oposições?

Dino - Respeito o direito de todas as lideranças, de todos os partidos, de defenderem o que acharem mais adequado. Sou um democrata e não tenho ódios pessoais contra ninguém. Mais adiante o povo apontará quais as melhores opções.

JP - Qual seria, a seu modo de ver, a melhor estratégia para derrotar o grupo Sarney?
Dino - É cedo para definir isso. Com humildade e calma, tudo vai se resolver do melhor modo.

JP - A sucessão presidencial poderá ter reflexos decisivos nas eleições para o governo do Maranhão?

Dino - Claro que sim. O PCdoB é um partido nacional, todas as nossas táticas eleitorais que envolvem cargos majoritários são definidas pela nossa direção nacional, em conjunto com as direções estaduais. Temos objetivos nacionais já fixados: manter o Brasil no rumo correto, sob liderança da esquerda, e ampliar a nossa presença no Congresso Nacional. O nosso projeto estadual tem especificidades, mas evidentemente está vinculado a esses objetivos nacionais.

JP - Como o senhor reage às insinuações de que estaria sendo cooptado pela oligarquia Sarney?

Dino - Não levo a sério fofocas. Não tenho tempo a perder, pois o Maranhão tem pressa e eu trabalho muito, todos os dias da semana, em Brasília e viajando pelo nosso Estado. Até hoje, todas as alianças políticas que fiz foram públicas, às claras. Em 2010 não será diferente.

JP - Que avaliação o senhor faz de Roseana Sarney e do desempenho de seu governo?

Dino - Um governo muito fragmentado, sem unidade e sem novidades concretas. Não vejo como, no pouquíssimo tempo que resta, possa levar o nosso Estado a um momento diferente, que rompa com o atraso e com os péssimos indicadores sociais.

JP - Será possível derrotar, de forma definitiva, o sarneyzismo nas próximas eleições?

Dino - No dia da conquista das Olimpíadas para o Rio, Lula citou Obama: "sim, nós podemos". Achei genial, até porque havia uma ironia em razão da disputa entre Rio e Chicago. Quando você tem um desafio pela frente, o primeiro passo é acreditar que a vitória é possível. Por isso repito: "sim, nós podemos". Podemos unir o nosso Estado, renovar a política maranhense e colocar o Maranhão onde nós merecemos. Podemos e faremos.

Publicada na Edição do Dia 05/10/2009 do Jornal Pequeno

3 comentários:

Anônimo disse...

É CLARO QUE O GOVERNO DA ROSEANA NÃO TRARÁ BENEFÍCIOS PARA O ESTADO. É UM GOVERNO PAUTADO NA MENTIRA E TEM O ÚNICO OBJETIVO DE ENRIQUECER SUA FAMÍLIA. O DESENVOLVIMENTO DO ESTADO SIGNIFICARIA O FIM DO PODERIO DESTE GRUPO QUE SE VALE DO ALTO GRAU DE ANALFABETISMO DO ESTADO DO MARANHÃO. PORTANTO ROSEANA NO PODER E DESENVOLVIMENTO É UM CASAMENTO QUE NÃO ACONTECERÁ JAMAIS. EU ESPERO QUE O DISCURSO DO DEPUTADO FLAVIO DINO SEJA MESMO FIRME E MOSTRE A QUE VEIO, NÓS NÃO PRECISAMOS E NUNCA PRECISAMOS DE SARNEYS NO MARANHÃO TEMOS QUE MANDÁ=LOS CORRER DO ESTADO PARA TERMOS DESENVOLVIMENTO. E ACREDITO NO FLAVIO DINO POR ISSO VOU APOSTAR MINHAS FICHAS NO NOME DELE. SOU JOVEM E QUERO VER MEU ESTADO IR PARA A FRENTE E NÃO RETROAGIR COM PRÁTICAS QUE TROUXERAM O ESTADO PARA O LUGAR QEU SE ENCONTRA HOJE.

ALMIR BRUNO disse...

Parabéns novo Presidente do PC do B do Maranhão!
Espero que a coragem seja sempre sua maior virtude! Torço muito por você e em conjunto com a militância do movimento vanguarda mando um grande abraço!
Abraços ALMIR BRUNO
Partido dos Trabalhadores!

Anônimo disse...

É fato, estamos passando por transformações da política avassaladoras, em que alguns elementos se fazem existir numa interessante dinâmica, na qual se imbricam uma aversão a política, transformações culturais gigantescas e a necessidade urgente de dar origem a uma nova cultura política.
Esclareço que essa aversão a política se concentra sobre o ofício tradicional da política, que não se explica, se complica e faz uso de uma linguagem que não cabe no enfrentamento das transformações culturais de nosso tempo e porque passam o Maranhão.
Com isso, a urgencia no nascimento de uma nova cultura política é de suma importancia.
Entretanto, atentemos para o fato que a política não se resume ao plano da gestão, naquela é preciso uma inovação, que não se faz sentir na retomada do Governo Roseana, que combina atrapalhos e complicações desastrosas no plano da gestão e na mesmice com relação aos modos de condução da sua política.
Desse modo, é notável a aderência aos modos inovadores das políticas socialistas postas em prática pelo PCdoB no Maranhão, que se dá com o crescimento quantitativo e qualitativo do partido, da referencia ao novo com o nome de Flávio Dino.
Assim, adotando uma perspectiva cultural da política, os modos de condução da política adotados pelo PCdoB e a figura de Flávio Dino representam hoje essa nova cultura política, que começa a dar os primeiros frutos para o futuro do Maranhão.

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