Flávio Dino rejeita tese de intervenção no PT e diz que única derrotada foi Roseana
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Henrique Bóis
Na primeira entrevista concedida agora como pré-candidato do PcdoB e PT ao
governo do estado, o deputado federal Flávio Dino, disse que a única
derrotada no encontro estadual petista que decidiu apoiá-lo foi a
governadora Roseana Sarney.
“Tivemos um proceso bastante difícil, intenso, que polarizou as atenções
não somente da militância, mas dos movimentos sociais e da a sociedade
civil em todo estado. Um processo intensamente disputado, um debate de
grande qualidade que se travou no PT . Não houve vencedores e derrotados no
debate interno do PT entre a mudança e a governadora Roseana. A única
derrotada nessse processo é a governadora Roseana e seus aliados”,
enfatizou Flávio Dino.
O deputado adiantou que caberá ao PT indicar o vice na sua chapa. Mas disse
que irá procurar outros partidos para construir uma ampla coligação de
oposião ao grupo que domina há 45 anos o estado. Segundo Dino sua
candidatura não será apenas uma demarcação de posição, mas tem como
objetivo romper com uma situação que o Maranhão se encontra.
“Quando falamos de renovação e mudança, há um conteúdo para isso
tudo.Imaginamos conectar o Maranhão ao Brasil. Na nossa avaliação há uma
dissociação entre o que se passa no plano nacional e o que se passa no
plano estadual. Precisamos romper esse desencontro e promover o encontro
entre o momento de prosperidade que o Brasil atravessa e as marcas
principais que, infelizmente, identificamos na conjuntura maranhense: a
marca do atraso, da pobreza, da exclusão social, do subdesenvolvimento, do
analfabetismo, da mortalidade infantil., da ausência de políticas pública
universais no plano da saúde e educação”, descreveu o deputado federal pelo
PCdoB.
Sobre a conjuntura nacional, Flávio Dino declarou que ao longo da campanha
irá reclamar a posição de palanque principal da pré-candidata apoiada pelo
presidente Lula.
“Reivindicamos a condição de palanque principal da ministra Dilma no
Maranhão porque só nós podemos efetivamente representar no Maranhão essa
pérspectiva que nacionalmente nós construímos com Lula e Dilma”, declarou.
Flávio Dino não enxerga possibilidade de intervenção do diretório nacional
petista na decisão de sábado e que vai dintinguir seu apoio à ministra
Dilma Rousseff no palanque.
A adesão do PSB à pré-candidatura de Flávio Dino deverá ser discutida
durante encontro do partido marcado para os dias 9 e 10 de abril. Dino
espera formar um amplo leque partidário até o início do período eleitoral.
“Nós não temos exclusão de nenhuma natureza. Nosso palanque é amplo a
partir de um programa, de um compromisso com o Maranhão. Todas aquelas
forças políticas que desejarem se somar esse movimento por um Maranhão
forte, por mudança, serão muito bem vindos”, afirmou.
O deputado ressaltou a postura que adotará durante a campanha. “Nós como
sempre buscaremos uma campanha programática de alto nível,respeitosa.
Respeitamos os nosso adversários, Não faremos campanha difamatórias. Se nós
sustentamos a mudança é a mudança de conteúdo, na forma e no método
também”, disse o pré-candidato ao governo pelo PCdoB.
Sobre a postura em relação ao grupo Sarney, Dino descartou qualquer
aproximação. “Não há nenhuma frase, nenhum gesto, nenhum movimento meu de
aliança com o grupo Sarney em toda a minha trajetória política. E lá se vão
26 anos, ainda que esteja no primeiro mandato parlamentar”, ressaltou.
O comunista brincou com a camparação feita em jornal de circulação local
apresentando semelhanças entre o deputado e o ex-presidente Fernando
Collor, hoje senador da República. “Em relação ao ex-presidente Collor eu
estava entre aqueles que lutaram contra ele. O mesmo Flávio de 1989 é o
Flávio de 2010. Eu não mudei nada. Se ele fez autocrítica, acho bastante
positivo, como cristão acredito que as pessoas evoluem”, garantiu.
Durante a entrevista o pré-candidato apresentou as linhas gerais de um
programa de governo que ainda será discutido em plenárias populares. Sobre
a Refinaria Premium, Flávio Dino disse defender o projeto, mas não
acreditar ser ela a única saída para o desenvolvimento do estado. “Nós não
acreditamos que serão os grandes projetos que irá salvar o Maranhão.
Esperamos que a Refinaria Premium se concretize, mas que negociemos com
altivez a divisão das riquezas”, destacou o pré-candidato.
O vice-presidente estadual do PT, Augusto Lobato, e outros
integrantes da Executiva estiveram presentes à entrevista. Os petistas da
executiva que defendiam uma aliança com o PMDB do grupo Sarney no
Maranhão, entre eles o presidente Raimundo Monteiro e o deputado Washington
Oliveira, não apareceram na entrevista.
Um comentário:
Me orgulho de forma emocionada de ser militante do mesmo partido que voce.
Tenho certeza que ha todo um briho em nosso partido com sua presenca.
Minhas Saudacoes a voce Flavio Dino.
Bruna Danielly, ujs/pc do b
Pinheiro-MA
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