Do blog de Walter Rodrigues

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

A guerra dos índices da terra

Qualquer trabalhador sabe a diferença entre “reajuste” e “aumento”. Um simples reajuste devolve o que se perdeu para a inflação, ou outra causa qualquer de defasagem. Aumento acrescenta ganho real.O baronato ruralista e seus porta-vozes são os únicos ingênuos incapazes de fazer essa distinção. Gritam que o Governo ameaça a propriedade produtiva ao querer “aumentar” as referências de produtividade para fins de reforma agrária. Mas não se trata de “aumentar” e sim de reajustar os índices, para aproximá-los da realidade atual. A lei brasileira permite desapropriar a terra improdutiva, assim considerada com base em índices variáveis conforme a região e o cultivo. É um meio de fazê-la atender à sua “função social” Em cada caso, toma-se como referência a média de produtividade real. Quem ficar muito abaixo dela, conforme parâmetros objetivos, fica sujeito a desapropriação — indenizada, naturalmente.Claro que os índices devem ser atualizados conforme evolua a produtividade. E é precisamente o que manda a lei 8.629/93. Entretanto, só agora o governo Lula promete corrigir os índices vigentes há 30 anos, quando o Brasil estava muito longe de seu atual estágio econômico e tecnológico. Quando a produtividade real da agricultura era muito mais baixa.O baronato rural chia. Diz que a atualização vai prejudicar a exportação agrícola. Falta explicar como é que a desapropriação de áreas improdutivas pode afetar a... produção. Pelo contrário, o país só tem a ganhar com índices mais realistas. De quatro maneiras: 1) porque alguns proprietários, receando a reforma agrária, vão investir no aumento da produtividade; 2) porque esses mesmos, ou outros, não tendo meios de explorar toda a terra que possuem, tratarão de vender o excedente; 3) porque o aumento na oferta de terras baixa o preço do hectare, favorecendo a expansão de quem tem capital para investir na terra; e 4) porque mais terra ficará disponível para transformar os sem-terra ou com pouca terra em pequenos agricultores.

Pequenos colhem mais
Observe que, segundo nota da CPT (Comissão Pastoral da Terra), apenas 400 mil das 4,238 milhões de propriedades rurais cadastradas pelo Incra serão afetadas pelos nossos índices. Essas 400 mil, que não são mais que 10% das propriedades, ocupam 42,6% das terras e parcelas generosas do crédito agrícola — cujo pagamento têm o costume de adiar. Mas são as outras 3.838 milhões que, com menos crédito, respondem por 70% dos alimentos consumidos no Brasil.

Um comentário:

jardel disse...

E quando não existe nem aumento, nem rejuste e sim um massacre. quem entende, vejamos;

“Servidores que apoiaram Madeira agora recebem madeirada ”

GREVE DOS SERVIDORES DA SECRETARIA DE FAZENDA MUNICIPAL


PRINCIPAIS MOTIVOS DA GREVE
1 – Salários baixos (Salário base de R$ 300,00);
2 – Condições de trabalho caóticas;
3 – Desestruturação da Receita Municipal;
Desde Maio/2009 foram enviados vários ofícios ao Prefeito Sebastião Madeira e o Secretário Liberato Rodrigues na tentativa de estabelecer uma conversação com a Administração, mas estes se mantiveram surdos e cegos aos acontecimentos.
Após frustradas todas as tentativas de negociação, os servidores deflagraram a GREVE no dia 12/08/2009

MOVIMENTO GREVISTA
Durante a greve, a Administração, sem NUNCA ter procurado a conversação com os servidores, dirigiu-se aos meios de comunicação FALTANDO COM A VERDADE ao afirmar que sempre estivera disposta a negociação.
Ao contrário de procurar o entendimento, a Administração iniciou perseguição ao movimento grevista e sindical, com:
- Ameaça da PERDA DE EMPREGO;
- Abertura de processos administrativos contra servidores grevistas;
- A contratação ILEGAL de estagiários como forma de boicotar o direito de greve;
- Proibição da manifestação dos funcionários em frente a Receita Municipal.
Enfim, o Prefeito Madeira e o Secretário Liberato tem tentado MASSACRAR os servidores ao invés de negociar os seus direitos e reivindicações.

INÍCIO DA NEGOCIAÇÃO
Só após o 16º dia de paralisação, uma Comissão da Administração procurou ENFIM o movimento para apresentar um ESBOÇO de proposta onde manifesta a INTENÇÃO da elaboração de legislação salarial e estrutural especifica para os servidores da Receita Municipal.
Mesmo sem ABSOLUTAMENTE NENHUMA GARANTIA os servidores ACEITARAM a intenção de proposta, pedindo APENAS algumas simples condições de não prejuízos aos servidores grevistas para o retorno às suas atividades, a saber:
- Nenhuma retaliação aos servidores em razão da greve;
- Nenhuma diminuição da remuneração atualmente paga;
- Não corte de ponto com colocação de faltas nos dias de greve.
Todavia o Secretário da Receita Municipal, o Sr. Liberato juntamente com a Comissão de Negociação indicada pelo Prefeito Madeira, foram enfáticos ao afirmar que NÃO NEGOCIARIAM COM SERVIDORES EM GREVE mostrando toda a sua INTRANSIGÊNCIA e OPRESSÃO.
Como se não bastassem todas as medidas de repressão e o SALÁRIO DE MISÉRIA, o Prefeito Madeira AINDA DESCONTOU MAIS DA METADE DO SALÁRIO, aplicando faltas aos dias de paralisação; sendo que o movimento é legítimo e os dias de paralisação foram causados principalmente pelo autoritarismo, indiferença e intransigência do Prefeito Madeira e do Secretário Liberato diante dos graves problemas enfrentados pelos servidores.
Assim sendo, os servidores da Receita Municipal CONTINUARÃO EM GREVE até que o Prefeito Madeira e o Secretário Liberato queiram REALMENTE negociar e adotem uma política de respeito e não repressão aos servidores.

SINFFAZI – SINDICATO DOS FUNCIONÁRIOS DA FAZENDA DE IMPERATRIZ

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