Artigo: José Dirceu não vai atropelar o PCdoB no Maranhão

Às vésperas da reunião do Diretório Nacional do PT no último dia 11, circulou em Brasília um comentário atribuido ao ex-ministro petista José Dirceu de que iria atropelar o PCdoB no Maranhão. Em sua crueza, ele expressava a decisão de intervir na seção maranhense do PT, para forçar o apoio a Roseana Sarney (PMDB) e não a Flávio Dino (PCdoB) para governador, como o Encontro PT-MA deliberara em abril. Agora o ex-líder petista calunia o candidato do PCdoB a governador do estado, com a pecha mentirosa de 'serrista'.


Por Bernardo Joffily

Nas entrelinhas, o comentário deixa entrever talvez também algum peso na consciência do autor. Ele confessa a natureza do gesto violento, não só contra o PCdoB e seu candidato, mas contra a maioria do PT, o PSB, os movimentos sociais, os legítimos anseios mudancistas e modernizadores que ganham força no Maranhão.

Dois a 12 contra Dirceu, em seu próprio blog...

Em público, porém, José Dirceu não mantém a mesma pudicícia. Em seu Blog do Zé (http://www.zedirceu.com.br), agora deu para acusar Flávio Dino de "serrista".

"Tanto Flávio Dino quanto o ex-governador Jackson Lago (PDT), também candidato a voltar ao Palácio dos Leões, estão ligados ao PSDB e à candidatura Serra há muito tempo", postou Dirceu, no último sábado (19).

Nesta terça, o post tinha 15 comentários: dois concordavam com o autor; e 12 discordavam. Um exemplo:

"O PT tomar uma decisão baseado em interesses nacionais pode ser questionado e até aceito, mas ouvir palavras contra Flávio Dino chega a ser desonesto. Este blog mesmo já publicou entrevista do comunista, se referindo ao mesmo como um aliado. Sr José Dirceu, defenda os interesses do PT mas não cuspa no prato que comeu. Durante a crise do mensalão o PCdoB foi um dos mais fiéis ao governo, muito petista fugiu da raia. Não sou comunista sou petista" (Xilder).

Jerry: "O palanque mais legítimo de Dilma"

Talvez inconformado com a rebelião dos leitores de seu blog, Dirceu voltou à carga na segunda-feira (21). Acusou Flávio Dino de fazer "um papelão ridículo", por buscar ampliar sua base de apoio para o PDT de Jackson Lago, o PPS e o PSDB. Recebeu mais contestações indignadas como esta:

"Flávio Dino é o candidato da militância petista e esquerdista no Maranhão (quantos votos os petistas paulistas têm no Maranhão?). A cúpula nacional pode ficar com os Sarneys se assim lhes aprouver, mas a militância já fez a sua escolha" [Paulo Silva].

Uma resposta mais alentada e fundamentada veio do jornalista e professor Márcio Jerry, presidente do PCdoB-São Luís, no "Caderno Maranhense" do Vermelho. Sob o título É pela esquerda, Zé Dirceu (veja a íntegra), Jerry responde com argumentos ao tiroteio de Dirceu:

"O palanque mais legítimo e limpo de Dilma no Maranhão é o liderado por Flávio Dino. É nele, repito, que estão o PCdoB, o PSB e o PT da luta que não se curvou à oligarquia quarentona. No de Roseana Sarney, aliada de Zé Dirceu, estão o DEM, de onde ela migrou recentemente, e o PTB, ambos com Serra; e o PV, da candidata Marina Silva."

"Quem não for Roseana é Serra"?

Dirceu deveria medir as palavras antes de se lançar com tanta fúria fraticida contra o PCdoB. Não deveria escrever o que sabe ser uma inverdade.

Não deveria sair taxando se "serrista" a quem desde 1989 fez campanha para Lula, e ousou defender o presidente, e o então ministro-chefe da Casa Civil e deputado federal José Dirceu de Oliveira e Silva, mesmo nos dias mais críticos de 2005, quando eram eles os caluniados e os vilipendiados. Se Dirceu acredita de fato que "a campanha no Maranhão é presidida pela questão nacional" (como é), não deveria se empenhar numa tentativa disparatada de descartar apoiadores convictos, e sólidos, e programáticos, da candidatura Dilma Rousseff. Não deveria usar o argumento de que "quem não for Roseana é Serra", que não convencerá um só maranhense com mais de dois neurônios funcionando.

O Maranhão já não cabe na velha forma

O cenário maranhense exige e merece um olhar menos vesgo. José Sarney ajudou o Maranhão quando venceu a oligarquia de Vitorino Freire, nos idos de 1965. Ajudou o país ao romper com a ditadura em 1984, e ao presidir a República nos difíceis momentos iniciais da democratização e da Constituinte, ao apoiar Lula em 2002 e 2006, e Dilma agora. Devido a estes méritos sofreu, no ano passado, uma sórdida rasteira do bloco conservador-midiático tentando derrubá-lo da presidência do Senado.

Isto não significa que o Maranhão deva completar meio século governado pelo mesmo clã familiar. O Brasil mudou – triunfou sobre a ditadura militar, superou a tirania neoliberal e abriu um novo ciclo com a eleição de Lula. O Nordeste mudou como não mudava há séculos – muito especialmente com a Pequena Revolução Política de 2006, que varreu com as velhas oligarquias locais. O Maranhão mudou. Já não cabe na velha forma. Quer outros valores e concepções, outras plataformas, outros estilos e métodos, e portanto outros nomes. A campanha Flávio Dino governador expressa e concretiza esta mudança.

"A candidatura de Flávio Dino insere-se num contexto em que amplos setores sociais, especialmente aqueles alinhados com o campo democrático e popular, manifestam-se claramente em favor da renovação política no Maranhão, que pode ser feita concretamente sob hegemonia da esquerda, fato este de inegável alcance estratégico para os que pelejam por uma sociedade socialista. A candidatura é um desdobramento regional das conquistas sob a era Lula e está em absoluta sintonia com os avanços necessários sintetizados no projeto da candidatura Dilma Presidente", afirma com razão Márcio Jerry.

Homenagem a outro maranhense atrevido

Não é uma mudança qualquer. Nos anos 1830, o Maranhão era uma próspera e avançada província do Brasil recém-emancipado: São Luís era a quarta maior cidade (após Rio de Janeiro, Salvador e Recife). Quase dois séculos depois, é evidente que algo 'desandou' no estado que disputa os piores lugares em índices de desenvolvimento urbano; e que as duas gerações do clã Sarney fazem parte do problema e não da solução.

Em 1838 estourou a partir da vila de Manga uma rebelião popular, que as elites por preconceito aristocrático apelidaram 'Balaiada'. Entre os muitos dirigentes do levante, que chegou a ter mais de 10 mil homens em armas, havia um certo Preto Cosme (Cosme Bento das Chagas), líder de um quilombo nas cabeceiras do Rio Preto (nordeste da província).

Cosme merece as honras de um herói brasileiro, quando mais não fosse por ter criado uma escola em seu quilombo, quando a ordem imperial-escravista proibia os cativos de frequentar salas de aula. Seus guerreiros-quilombolas foram os mais firmes da 'balaiada'. Ele próprio, alfabetizado sabe-se lá por que artes, ousava assinar como "Tutor e Imperador das Liberdades Bem-te-vi" (ave-símbolo do partido liberal).

A autoconcessão dos títulos pareceu um insulto aos senhores de terras e homens. Por estas e outras, o "infame Cosme", como o chamou o barão de Caxias, terminou preso e enforcado, em 1842.

Não vá agora José Dirceu infamar Flávio Dino por atrever-se a fincar as estacas de um segundo palanque, avançado, de Dilma no Maranhão. O desmentido ao ex-ministro virá em outubro, bem mais cedo do que as estátuas que o Preto Cosme merece

Fonte: Portal Vermelho

Artigo de Wagner Cabral

Artigo: Fome de coerência, o gesto de Manoel da Conceição

“Os valores do PT não podem ser negociados. Devem ser reafirmados como princípios da reconstrução partidária e ideal dos movimentos sociais” (Manoel da Conceição).

por Wagner Cabral da Costa*

Muito tem se falado sobre a greve de fome, iniciada em 11 de junho, do fundador do PT, Manoel da Conceição, do deputado Domingos Dutra e da ex-deputada Terezinha Fernandes, contra a intervenção do Diretório Nacional que revogou a decisão estadual de apoiar Flávio Dino (PCdoB) para governador do Maranhão, aprovando, em substituição, o nome de Roseana Sarney (PMDB). Parcela expressiva da opinião pública e da imprensa tomou contato (quase) pela primeira vez com a pessoa de Manoel da Conceição. Afinal, quem seria esse “desconhecido”, esse Mané, que ousou desafiar, em gesto radical, a direção do partido no poder e a Presidência, em mais uma capitulação cínica diante da mais velha oligarquia da República?

Filho de lavradores do vale do rio Itapecuru, Manoel vivenciou experiências que lhe propiciaram uma sólida convicção ética, humanista e socialista, de dedicação à causa dos trabalhadores. A começar, ainda na juventude, pela expulsão de sua família por proprietários rurais, violência presenciada ainda em inúmeros outros massacres; depois, a migração em busca de “terra liberta”; a crença evangélica e o início da militância; o envolvimento com o Movimento de Educação de Base (MEB), ligado à Igreja progressista; o engajamento na Ação Popular (AP) e a luta pelas Reformas de Base; até o golpe de 1964, quando sofreu as primeiras prisões.

Durante a ditadura militar, Mané se dedicou à organização e educação de trabalhadores rurais na região do rio Pindaré em sua luta contra o latifúndio e pela conquista da terra. Foi alvo de violenta repressão da polícia militar do governo José Sarney (1966-70), sendo baleado e preso em julho de 1968, ocasião em que teve parte da perna direita amputada por falta de atendimento médico. Na seqüência, foi preso pela polícia política (1972) e dado como “desaparecido”, quando foi submetido a sessões de interrogatório e tortura, sendo solto graças à intervenção da AP e da Anistia Internacional. Liberdade breve, pois, mais uma vez, os militares o prenderam, desta vez em São Paulo, com mais torturas e sevícias (1975). Novamente a solidariedade – da Anistia e das Igrejas católica e protestante – conseguiu resgatá-lo das mãos assassinas da ditadura, com o que Manoel partiu para a Suíça (1976), onde permaneceu até a decretação da Lei da Anistia (1979).

No exílio, lançou o livro-denúncia Essa terra é nossa, contando sua história de luta pela reforma agrária e de resistência à ditadura, uma leitura necessária e fundamental para compreender os “anos de chumbo”. Livro que acaba de ser reeditado pela UFMG (com o título: Chão de minha utopia), através do Projeto República, com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). A ironia não podia ser mais evidente: o mesmo governo petista que, por um lado, promove o resgate de sua memória e história; por outro, lhe recusa o direito de, aos 75 anos, continuar sendo um militante ativo das lutas sociais e políticas – defendendo a democracia interna do partido e a democratização do Maranhão contra a oligarquia patrimonial e golpista. Que resposta obteve Manoel após lançar duas cartas abertas ao companheiro e presidente Lula?

Esse silêncio, no entanto, inexistia em fevereiro de 1980. Pois, na fundação do Partido dos Trabalhadores se pretendeu vinculá-lo organicamente às diversas tradições de luta do povo brasileiro, sendo convidados seis signatários que representavam simbolicamente essas vertentes da esquerda: 1) Mário Pedrosa, escritor, crítico e líder socialista; 2) Manoel da Conceição, líder camponês; 3) Sérgio Buarque de Holanda, historiador; 4) Lélia Abramo, do Sindicato dos Artistas de SP; 5) Moacir Gadoti, que assinou em nome do educador Paulo Freire; e 6) Apolônio de Carvalho, combatente na Guerra Civil Espanhola e na Resistência Francesa, um dos líderes dos movimentos da resistência popular (Ata da reunião no Colégio Sion – site da Fundação Perseu Abramo).

Dos personagens-símbolo da identidade e dos valores do PT, o único que permanece vivo é Manoel da Conceição Santos, marido amoroso, pai e avô dedicado, brasileiro nascido em 1935 no distrito de Pirapemas, em Coroatá, Maranhão. Era esse “desconhecido”, esse Mané, que se encontrava em greve de fome no plenário da Câmara dos Deputados. Por cima de quantos cadáveres (reais e simbólicos) o PT terá que passar em seu processo de transformação em Partido da Ordem?

Ps.: Poucas horas após o fechamento deste artigo, Manoel da Conceição e Domingos Dutra foram internados inconscientes em Brasília, com risco de vida. A situação forçou o Diretório Nacional do PT a fazer um acordo pelo qual os petistas maranhenses ficaram liberados de apoiar a oligarquia Sarney e ter campanha independente em favor de Flávio Dino. Este acordo encerrou a greve de fome, após uma semana, em 18 de junho de 2010, continuando ambos sob cuidados médicos.

* Wagner Cabral da Costa é Historiador e professor da UFMA. Autor de “Sob o signo da morte: o poder oligárquico de Vitorino a Sarney” (2006); co-organizador de “A terceira margem do rio: ensaios sobre a realidade do Maranhão no novo milênio” (2009). Este artigo foi publicado no jornal O Estado de São Paulo, suplemento Aliás, domingo, 20 de junho de 2010.

Matéria no Valor Econômico - Sobre o Maranhão

Slogan traz Roseana como renovação do MA

Murillo Camarotto, de São Luís

Perto de completar um ano de volta ao poder do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB) começou a trocar as placas de publicidade do governo espalhadas pela capital, São Luís. Apesar dos nove anos já acumulados à frente do Palácio dos Leões e das quatro décadas que sua família manteve-se no poder no Estado, a filha do ex-presidente José Sarney passou a apresentar sua atual gestão sob a logomarca de "Novo Governo do Maranhão".

A nomenclatura, também presente em inserções na televisão local, é uma sugestão do publicitário Duda Mendonça, contratado para tentar dar mais um mandato à Roseana. Para isso, ele terá a árdua tarefa de convencer os maranhenses de que a governadora e sua família poderão, de alguma forma, trazer algo novo à política local.

Dentro dessa estratégia, um projeto de construção de 72 unidades de saúde já é a principal estrela do novo governo de Roseana. A governadora também quer mostrar aos eleitores que está recuperando rodovias estaduais e investindo em 500 novas viaturas para as polícias Civil e Militar, que passarão a circular em modernas caminhonetes japonesas.

Pouco foi aproveitado da gestão anterior, de Jackson Lago (PDT), cassado em abril de 2009 por supostas irregularidades na campanha. De acordo com o deputado federal Gastão Vieira (PMDB), ex-secretário de Planejamento de Roseana, somente o projeto PAC do Rio Anil, que está transferindo moradores de palafitas para apartamentos, foi continuado.

No caso das unidades de saúde, o governo de Roseana modificou significativamente o projeto de Lago, que era de erguer cinco grandes hospitais em regiões estratégicas do Maranhão. Para o ex-governador, as 72 unidades de saúde de Roseana, propagandeadas como se fossem hospitais, não resolverão o problema do grande fluxo de pacientes do interior que chegam todos os dias a São Luís em busca de tratamento.

Quando perdeu para Jackson em 2006, Roseana teve pela primeira vez a máquina estadual contra si. Agora, com o Estado novamente nas mãos, a governadora sabe que a mudança é o principal anseio dos maranhenses para a política local. Com a força da publicidade, ela tentará mostrar à população que representa a novidade.

E renovação é tudo que deseja o motorista Sérgio Luiz Cortes, o "Brasil", natural de Axixá (MA). Após enumerar muitas das mazelas vividas há anos pelo povo do Maranhão, ele diz não confiar em nenhum dos candidatos que tentarão o governo em outubro. Para ele, Roseana e Lago já tiveram suas chances e nada fizeram, enquanto que o deputado federal Flávio Dino (PC do B) não teria "força" para ganhar a eleição e, principalmente, governar.

Segundo a cientista política Arleth Borges, da Universidade Federal do Maranhão, o clamor popular por novos nomes na política tem uma razão simples: as quatro décadas de comando dos Sarney e os péssimos indicadores sociais do Maranhão.

O Estado tem o segundo pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país (2005), acima apenas de Alagoas. Também tem a segunda pior renda per capita (2007) e é o vice-líder em mortalidade infantil (2008). Detém ainda o pior déficit habitacional relativo do Brasil (2008).

"Do ponto de vista social e econômico, a situação do Maranhão é lastimável. E é natural que os Sarney sejam responsabilizados", afirmou a cientista.

De opinião semelhante, Flávio Dino escolheu os indicadores sociais para iniciar seu discurso a um barulhento grupo de estudantes, durante o último congresso estadual da União da Juventude Socialista (UJS), cujos líderes o apoiam. Adaptada ao público presente, a fala destacou o analfabetismo e a dificuldade dos maranhenses em chegar à universidade. Segundo Dino, um privilégio de apenas 5% dos jovens do Estado.

Enquanto falava sobre auto-estima aos estudantes, o candidato tentava equilibrar a própria confiança. Havia dois dias, Dino recebera a notícia de que não contaria mais com o apoio formal do PT do Maranhão. Enfadado, ele comparou a decisão do diretório nacional petista, que determinou apoio a Roseana, aos atos da ditadura militar. "A resolução foi um AI-5", classificou.

De acordo com Arleth Borges, a candidatura de Dino é a que tem maior potencial de crescimento, justamente pelo fato de o deputado ter mais chances de representar a novidade desejada pela população. O deputado afirma que é conhecido por apenas 48% dos maranhenses, enquanto que seus adversários são conhecidos por praticamente 100%.

Ciente disso, Sarney teria exigido o apoio do PT à Roseana, em uma estratégia para barrar o crescimento do candidato comunista. Sem o PT na chapa, Dino terá direito a duas inserções diárias de 2,5 minutos na televisão. Com o partido, cada inserção seria de seis minutos. "O prejuízo é real e inegável, mas não mortal", avalia o deputado.

Mesmo sem o tempo do PT na televisão, Dino tentará vencer a eleição com o discurso de que "o Brasil avançou e o Maranhão ficou para trás". O candidato lembra que os grandes projetos industriais instalados no Estado nos últimos anos, como a Alumar e a Vale, por exemplo, não se reverteram em benefícios sociais. "Eles (os Sarney) governam de costas para a população, com o discurso dos grandes projetos", alfineta.

A tese é compartilhada até mesmo por aliados de Roseana. Gastão Vieira discorda de que o Maranhão tenha "ficado para trás", porém admite que a população não se beneficiou do desenvolvimento econômico. "Faltou um pouco de visão dos administradores, que não tiraram a mais-valia suficiente dessas empresas para ser revertida em educação e saúde", afirma.

De qualquer forma, os novos grandes projetos anunciados para o Estado serão peça importante da campanha de Roseana. O principal é a refinaria premium da Petrobras, que será construída em Bacabeira, a 60 quilômetros de São Luís, um investimento de US$ 20 bilhões. A fábrica da Suzano Papel e Celulose, em Imperatriz (US$ 1,8 bilhão), e a termelétrica da MPX, na capital (R$ 1,8 bilhão), também serão amplamente divulgadas.

Além de convencer os maranhenses de que, desta vez, o desenvolvimento será compartilhado por todos, Roseana tem a missão de melhorar sua imagem, que ficou bastante arranhada com a volta ao poder mediante a queda de Lago. Seus próprios aliados têm percebido esse sentimento durante as visitas que a governadora, em campanha, tem feito ao interior do Maranhão.

"A sensação de golpe é muito viva na cabeça das pessoas", afirma Arleth Sales. O motorista Brasil confirma a tese: "Não adianta votar em ninguém. Se perderem, eles (os Sarney) dão um jeito para voltar".

No Último Segundo - IG

PC do B tenta formar nova frente para pleito no Maranhão

Ideia é unir os partidos em torno do nome do deputado Flávio Dino, do PC do B, ou do ex-governador cassado Jackson Lago, do PDT

AE | 16/06/2010 22:20

Cinco dias depois de o PT ter decidido apoiar a reeleição da governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), o PC do B resolveu dar o troco e vai tentar formar uma frente ampla de partidos contra a candidatura da peemedebista. A ideia é unir os partidos em torno do nome do deputado Flávio Dino, do PC do B, ou do ex-governador cassado Jackson Lago, do PDT. Ambos são pré-candidatos ao governo maranhense.

"Vamos juntar todas as forças que ficaram de fora da candidatura da Roseana em torno do nome do Flávio Dino ou então de Jackson Lago", afirmou o presidente nacional do PC do B, Renato Rabelo, momentos antes de a convenção nacional do partido ratificar o apoio à candidatura da petista Dilma Rousseff à Presidência da República. O PC do B exige que a petista suba nos dois palanques que apoiam sua candidatura: no de Roseana e no de Dino.

"O PT nacional avaliou errado que ao retirar o apoio à minha candidatura que eu ia desistir", disse Flávio Dino. Na sexta-feira passada, o PT nacional enquadrou o PT do Maranhão, obrigando-o a apoiar a candidatura de Roseana Sarney. Em março, o PT do Maranhão havia deliberado aliar-se ao PC do B em torno da candidatura de Dino. "A Roseana ficou com a camisa do PT e eu fiquei com a militância petista", observou Dino.

Até a convenção do PC do B maranhense, marcada para o dia 26, Dino foi liberado pela direção do partido para negociar uma ampla aliança contra a candidatura de Roseana Sarney. "Há essa possibilidade de aliança, sim. Mas ainda é uma coisa incipiente", argumentou o comunista. Em represália à decisão do PT nacional, o deputado Domingos Dutra (PT-MA) está em greve de fome há cinco dias, no plenário da Câmara, junto com Manoel da Conceição Santos, um dos fundadores do PT. Aos 75 anos e diabético, Manoel passou hoje oito horas no serviço médico da Câmara

No blog do Noblat

Enviado por Erich Decat - 16.6.2010| 18h59m

Flávio Dino: 'Roseana tem a camisa e eu os militantes'

No páreo contra a família Sarney pelo governo do Maranhão, o deputado Flávio Dino (PCdoB) desdenhou da decisão da Executiva Nacional que impôs ao PT regional apoio à reeleição de Roseana Sarney.

“Tenho 80% do PT mobilizado em torno da minha candidatura. O que aconteceu foi apenas uma imposição cartorial. A Roseana fica com a camisa e eu com os militantes”, disparou Dino momentos antes de participar da Convenção Nacional do PCdoB que anunciará apoio à candidatura de Dilma à sucessão de Lula.

Para Dino, o acordo feito com a cúpula nacional do PT, demonstra uma certa decadência da família Sarney.

“Eles estão desesperados porque é a última eleição de um império, a oligarquia Sarney está no seu fim”, ressaltou.

O parlamentar também comentou sobre a greve de fome realizada pelo deputado Domingos Dutra (PT-MA) juntamente com Manuel da Conceição, 75 anos de idade, líder camponês no Estado e um dos fundadores do PT.

“Já fiz apelos para eles pararem. É um gesto válido, mas desumano”, disse Dino.

Desde a última sexta-feira (11), Dutra e Manuel protestam, no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília, contra a decisão da cúpula nacional do PT. Ambos estão apenas à base e água e água de coco.

Ainda o debate no Plenário da Câmara - Folha de São Paulo

15/06/2010-20h24

Em greve de fome, deputado do MA chora na tribuna e critica PT

NANCY DUTRA

DE BRASÍLIA

Em greve de fome desde a última sexta-feira por conta da decisão do PT de apoiar a reeleição de Roseana Sarney (PMDB) ao Maranhão, o deputado Domingos Dutra (PT-MA) subiu à tribuna da Câmara para criticar o diretório nacional petista. Ele chegou a chorar durante o discurso.

"Eu vou morrer aqui para que se respeite a democracia. Entregaram o PT de mão beijada", afirmou Dutra, que foi aplaudido pelos colegas. Nos seis minutos em que falou, o plenário ficou em silêncio. Ele mostrou uma algema que comprou para evitar que seja retirado da Casa.

O deputado classificou a atitude do PT de antidemocrática. Na semana passada, a direção nacional do PT revogou decisão do diretório maranhense, que aprovou apoio à candidatura do deputado Flávio Dino (PC do B) ao governo estadual.

"Foi um processo sem quórum, sem rito. Desrespeitaram o estatuto, um diretório de merda", disse. "Dilma vai ser eleita de qualquer forma, não precisamos do Sarney", afirmou Dutra, referindo-se à posição do PT de fechar com a família do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), em busca de votos para a candidata petista à Presidência.

Apoiado pelo PT do Maranhão, o deputado Flávio Dino saiu em defesa dos colegas em greve de fome. Além de Dutra, um dos fundadores do PT, Manoel da Conceição, e a ex-deputada federal Terezinha Fernandes (PT-MA), estão sem ingerir alimentos sólidos.

"Eu, que estou defendendo o governo há três anos e meio na Câmara, virei uma ameaça. Sou o aliado das horas difíceis. Coloquem a mão na consciência. Três fundadores estão denunciando uma violência política e jurídica cometida pela diretoria nacional, que desrespeitou seu estatuto", defendeu Dino.

Os discursos de Dutra e Dino foram motivados por fala do deputado José Genoino (PT-SP), que criticou a oposição por usar o episódio para atacar o PT. "Não fico calado diante dessa alegria e desse processo para esgarçar o PT diante de uma decisão soberana do diretório nacional sobre uma escolha política", afirmou Genoino.

Nota na VEJA

Eleições 2010

Dino na estrada

terça-feira, 15 de junho de 2010 | 19:33

O impacto da decisão do PT de apoiar Roseana Sarney não tirou Flávio Dino da campanha. No fim de semana, viajou a quatro municípios maranhenses – Mirador, Colinas e Dom Pedro, além de São Luis – reunindo cerca de 2 000 pessoas entre os quatro eventos.

Em todos eles, havia presença maciça de petistas, desde simples militantes até vereadores e presidentes de diretórios.

Debate no Plenário da Câmara

Dutra faz apelo emocionado em 5º dia de greve de fome

15 de junho de 2010 | 20h 45

DENISE MADUEÑO - Agência Estado

Entrando no quinto dia de greve de fome e com dois quilos a menos, o deputado Domingos Dutra (PT-MA) fez um discurso emocionado e de resistência na tribuna da Câmara na noite de hoje. Começou com lágrimas e terminou com os punhos cerrados pregando contra o apoio da cúpula petista ao grupo do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), no Maranhão. O discurso em resposta ao deputado José Genoino (PT-SP), que o criticara, silenciou o plenário da Casa e terminou em aplausos.

Com Dutra, está também em greve de fome o petista histórico Manoel da Conceição, 75 anos. Ele já perdeu 1,9 quilo. Desde sexta-feira passada, os dois apenas tomam água e água de coco em uma manifestação contra a decisão do Diretório Nacional do partido de anular o apoio do PT do Maranhão à candidatura do deputado Flávio Dino (PCdoB-MA) ao governo do Estado em troca de se aliar à governadora Roseana Sarney (PMDB), em busca da reeleição.

"Genoino, seja solidário a Manoel da Conceição e sua história, porque está sendo solidário a um oligarca perverso, criminoso e corrupto (Sarney)", discursou. "Eu vou morrer aqui para que respeitem a democracia." Dutra reafirmou que o PT no Maranhão cumpriu todas as normas do partido e decidiu pelo apoio a Dino e que a direção nacional está negando a democracia interna ao retirar o apoio ao deputado em troca de apoiar Roseana.

Depois do discurso, Dutra recebeu solidariedade de parlamentares de outros partidos. Médico, o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) afirmou que tanto Dutra quanto Manoel da Conceição podem morrer esta noite. Manoel da Conceição tem diabetes e já foi vítima de dois acidentes vascular cerebral. O deputado Flávio Dino criticou a cúpula petista que, segundo ele, está usando a candidatura de Dilma Rousseff como argumento para desprezar os partidos aliados, como o PCdoB e o PSB, que apoiam a candidatura dele. "Em nome de uma violência política, estão desprezando os aliados. A arrogância é sempre má conselheira".

Na defesa do apoio a Roseana, a cúpula petista argumenta que, em troca, Dilma terá em torno de 2 milhões de votos a mais do que o adversário tucano, José Serra, no Maranhão. O líder do governo, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), considera a greve de fome de Dutra "uma deslealdade" com o PT. Para ele, o partido tomou uma decisão nacional que tem de ser respeitada.

Sobre a decisão do Diretório Nacional do PT

1- Como parceiro de tantas lutas e militante da esquerda brasileira, lamento o equívoco político da maioria da direção nacional do PT. Tão grave erro tem consequencias táticas e estratégicas igualmente graves, como a história demonstrará. Manifesto também a indignação contra o tratamento desrespeitoso ao PSB, ao PCdoB e ao PT do Maranhão.

2 – Não há qualquer motivo jurídico ou político que sustente a decisão da maioria da direção nacional do PT.

3 – Agradeço a confiança das direções nacionais e estaduais do PSB e do PCdoB, que desde o começo do processo manifestam-se a favor de um Maranhão justo e desenvolvido. Do mesmo modo, o meu reconhecimento aos companheiros do PT do Maranhão, os quais, em sua imensa maioria, permanecem determinados a renovar e mudar a política maranhense.

4 – Prossigo na pré-campanha no Maranhão, com o PCdoB, o PSB, os petistas e os movimentos sociais. A esperança está mais viva do que nunca. Quem conhece o sofrimento e a pobreza do povo do Maranhão, e se indigna com essa situação vergonhosa, não se permite ter medo.

5 – Amanhã (sábado) estaremos debatendo nosso Programa de Governo nos municípios de Colinas, Mirador e Dom Pedro. No domingo, participarei do Congresso Estadual da União da Juventude Socialista (UJS), em São Luís.

6 – Faremos nossa Convenção Estadual no dia 26 de junho, em São Luís. Vamos vencer as eleições. A esperança sempre vence o medo.

Em 11 de junho de 2010.


Flávio Dino
Vice-líder do PCdoB na Câmara e
pré-candidato a governador do Maranhão

Carta de militantes da CNB para o Diretório Nacional do PT

CARTA AOS COMPANHEIROS DA CNB

PREZADOS (AS) COMPANHEIROS E COMPANHEIRAS DA DIREÇÃO NACIONAL DO PT,

PREZADOS (AS) INTEGRANTES DO CAMPO CONSTRUINDO UM NOVO BRASIL (CNB),

Os companheiros e companheiras abaixo-assinados, integrantes da CNB no Maranhão, dirigimo-nos à Direção Nacional do PT para manifestar nossa posição acerca da conjuntura e do papel dos petistas no cenário maranhense em 2010:

No Encontro de Tática Eleitoral, realizado no final de março, em São Luís, o PT do Maranhão decidiu formar aliança com o PC do B. As diversas correntes do partido debateram exaustivamente, apresentaram seus argumentos e votaram. Tudo ocorreu sob os olhos do dirigente nacional Paulo Frateschi.

A decisão tomada precisa ser considerada. Não é justo calar a vontade e o voto de companheiros e companheiras que aprenderam a participar da vida democrática nas lutas contra a ditadura militar, na campanha pelas Diretas Já, na Assembléia Nacional Constituinte e em tantos outros embates, com destaque para a primeira eleição do companheiro Lula em 2002.

A decisão sobre a tática eleitoral, pela aliança com o PC do B, não é um fato isolado na conjuntura política maranhense. É fruto do acúmulo da campanha à Prefeitura de São Luís, em 2008, quando formamos a coligação Unidade Popular, reunindo petistas e comunistas, chegando ao segundo turno com o grito da vitória preso na garganta.

À época, com as bandeiras vermelhas tomando conta da capital do Maranhão, a companheira Dilma Roussef esteve em São Luís, no memorável comício da praça Deodoro, manifestando publicamente seu apoio à coligação Unidade Popular, que teve como candidato a prefeito Flavio Dino (PC do B) e o vice Rodrigo Comerciário (PT).

Dilma e Dino, o PT e o PC do B, são aliados históricos na construção de um projeto nacional no campo da esquerda brasileira, liderado pelo presidente Lula. A ampliação deste projeto, no Maranhão, passa necessariamente por uma candidatura afinada e comprometida com os princípios e as políticas públicas implementadas até agora e com perspectivas de melhorias a partir de 2011.

O Maranhão crescerá junto com o Brasil se tivermos afinidade ideológica, construção programática e vontade política, características que nos unem pela cor vermelha, pelos símbolos da estrela, da foice e do martelo, pelas práticas, sonhos e desejos de melhorar a nossa realidade.

Há dois anos iniciamos a construção de um pólo democrático-popular no Maranhão, vislumbrando o futuro próximo de 2010. Chegamos aqui reiterando este propósito, com a acertada decisão do Encontro de Tática Eleitoral.

Dilma Roussef é a nossa candidata a presidente. Estamos afinados com o projeto nacional. Não há como negar esse fato.

Se a direção nacional anular ou inverter o resultado do Encontro de Tática Eleitoral, esta atitude será imensamente desfavorável à nossa candidatura presidencial.

Há um clima de enorme expectativa. O Maranhão inteiro olha para o PT, observa, analisa e opina. Estamos no foco das eleições de 2010. Todos os dias as manchetes dos jornais alimentam especulações sobre uma eventual intervenção do Diretório Nacional, anulando o resultado do referido encontro.

Vivemos um momento decisivo. Ou fortalecemos o campo democrático-popular e avançamos para disputar o governo com chances de vitória, ou retrocedemos oxigenando a candidatura do grupo liderado pelo senador José Sarney, do PMDB, cuja essência é DEMista, herdeira da Arena e do PDS.

O PT do Maranhão, ao coligar-se com o PMDB, vai revitalizar um grupo político que chega aos estertores do seu mandonismo.

Diversos militantes e dirigentes da CNB, orgânicos e simpatizantes, na capital e no interior do Maranhão, estão decididos a engajar-se na campanha de Flavio Dino. Uma eventual anulação do Encontro de Tática será desastroso para todos nós.

Não há consenso, no nosso campo, acerca do apoio à candidatura do PMDB no Maranhão. Pelo contrário. Há muitas divergências. Porque é inconcebível à larga maioria da CNB uma aliança com o atraso, levando-nos a apoiar um projeto nocivo ao povo do Maranhão.

Há um cenário favorável à construção de uma terceira força político-eleitoral, liderada pelo PT e pelo PC do B. A configuração deste bloco ganha mais força com a candidatura de Flávio Dino (PC do B) ao Governo do Maranhão.

Temos uma chapa competitiva, com base social e partidária, forte, capaz de ganhar a eleição e fazer um governo progressista no Maranhão.

Só temos um pedido a fazer à Direção Nacional do PT: considerem o resultado do Encontro de Tática Eleitoral e deixem valer o resultado, construído no debate e no voto, que assegurou a coligação dos petistas com os comunistas. Pois, os princípios democráticos e o respeito aos fóruns do PT marcam a nossa história de construção de um partido socialista e de massas, que busca a transformação social e a consolidação de uma forma diferente de fazer política.

Pelo bem do Maranhão e do Brasil. DILMA ROUSSEF PRESIDENTA, FLAVIO DINO GOVERNADOR!

Nivaldo Araújo - Presidente da CUT-MA, Chico Sales - Presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetaema), Ed Wilson Araújo - Diretor do Sindsep-MA, Luis Domingos Pinheiro – Sindicato dos Comerciários e dirigente da CUT, Marlon Henrique - Membro do Diretório do PT de São Luis - MA, Moacir Filho - Sindicato dos Comerciários e dirigente da CUT, Marcos Vandaí - Dirigente da CUT-MA, Marla Silveira - Setorial de Cultura do PT-MA, Eduardo Pinto - Presidente do Sindicato dos Ferroviários, Luzimar Brandão – Diretora do Sindicato dos Ferroviários e do Movimento Negro, Damasceno José – Diretor do Sindicato dos Ferroviários, Lúcio Azevedo – Diretor do Sindicato dos Ferroviários, Sônia Maria – Sindicalista da FUNASA, Emerson Luis – Diretor do Sindicato dos Ferroviários, Sussalvino – Diretor do Sindicato dos Ferroviários, Ricardo Gonçalves - Membro do Diretório do PT de Pedreiras – MA, Marlon Botão – Executiva Municipal do PT de São Luis – MA, Deuzt Calvacante – Vereador de Santa Inês, Manoel Lages - Diretor do Sindsep-MA, Valter César - Diretor do Sindsep-MA, Domingos Cantanhede – Assessor da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetaema), Odair José – PT de Coroatá, Raimundo Diogo – Vereador do PT de Coroatá -MA, Guilherme Zagalo – Vice-Presidente da OAB-MA, Elisene Castro Matos - Membro do Coletivo Estadual de Cultura, Delzuita Silva Silveira - Membro do Setorial de Cultura, Katiane Silva Azevedo - Membro do Setorial de Cultura, José Antônio (Tom de Caxias) – PT de Caxias, Soismarino Ramos - PT de São José de Ribamar, Adão de Sousa Carneiro – PT de São Francisco do Brejão, Maria Adriana Oliveira - Coordenação de Mulheres da FETAEMA e da CUT/MA, Marinaldo Alexandre – vereador do PT de Grajaú, Valdemar Ferreira – Vereador do PT de Satubinha, Maria De Sousa Lira – Ex-Prefeita do PT de Bom Jesus das Selvas, Francisco Domingos (Bilú) – Jornalista e do PT de Santa Luzia do Paruá, Chico Miguel - Vice-Presidente da FETAEMA, Ana Maria Oliveira - Sec. Geral da FETAEMA, Fernanda Oliveira Ferreira - Coord. da Juventude da FETAEMA, Joaquim Alves de Sousa -Sec. de Política Agrária da FETAEMA, Bruno Henrique – militante do PT de São Luis.